quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Karl Albert envia fotos de Claudio Augusto de Miranda Sá







Soube da passagem de Claudio através da Internet, um casal amigo dele entrou em contato, ao buscar deu nome encontrar referências que fiz a ele.Digo "passagem", não por eufemismo, mas porque "morte" não cabe na memória dos que o conheceram, conforme eu e seus amigos.Na Ditadura eu brincava e lhe dizia que ele estva sempre no gerúngio:chegando, aprtinfo, ficando, viajando.Era como se defendia e , por fim ,dei-lhe uma representação do ICA(Instituto de Cultura Americana, que eu representava (cada país representava um outro e eu era Delegada Ad Honoren pelo Uruguai), para que saísse do país.E ele passou um bom tempo fora.
Ele era genuíno, autêntico,intenso.Impossível de esquecermos.O olhar felino escverdeado, a risada alta e solta, um traço de sua mãe, a escultora e poetisa Enedy Odete de Miranda Sá.Muito alto, quando em algum teatro, show, gostava, levanta-se e começava a aplaudir, no que era seguido,evidentemente, tal a força de sua energia..
Escrevi algumas páginas de Memeorial, meu filho Allez Pessoa, que é designer gráfico, recuperou velhas fotos e as postei aqui.
Um tempinho depois, em junho-08,recebi essa correspondência de Karl, do qual ele sempre me falava bem:


"Karl Leber
Date: 2008/6/27
Subject: Cláudio Miranda
To: Clevaneplopes@gmail.com


Olá Clevane, permita-me que me apresente a você, o meu nome é Karl
Albert, sou alemão e atualmente moro na Alemanha. Conheci o Cláudio em 1968 e desde então sempre nos uniu uma grande amizade, nós nos considerávamos irmãos, através dos tempos e continentes.
Sou casado com uma mineirinha de Juiz de Fora e freqüentemente a gente vai ao Brasil
para rever amigos e parentes. E assim cheguei a ver o Cláudio em setembro do ano passad pela última vez. Soube da partida dele em dezembro por um conhecido
comum nosso.
E em março deste ano fui outra vez a Juiz de Fora, fui até a casa dele, mas não toquei, fui com a minha esposa ao cemitério municipal e realmente consegui
encontrar o jazigo dele.
Bom, um dia destes, movido pela saudade, resolvi pesquisar na internet
pelo nome do nosso amigo, e tropecei logo pelo memorial colocado por você. Agora, como eu não sei se você possui fotografias mais recentes do Cláudio, resolvi
lhe enviar algumas das minhas.
Para finalizar quero dizer ainda que Juiz de Fora e o Brasil todo sem
o meu amigo Cláudio não é mais a mesma coisa. Perdi um grande amigo.......
Uma cordial saudação
Karl"

E as fotos.
Comovida, arquivei e o PC teve um problema, hoje as reencontro, porque as mandara para meu mano Nildo pessoa, muito amigo de Claudio.Estavam em e-mail "enviados".

Então, as posto, pois seus vários filhos ou netos poderão tentar encontrar imagens do pai ou avô, mais recentes.Ou as muitas amadas que o amaram um dia.
A amizade é imorredoura.E agradeço a Karl-de quem ele tomava emprestado o prenome, por sodinome,às vezes, por exemplo, em concursos poéticos,que necessitavam de pseudônimo.

Quando reuni forças para falar com sua mater dolorosa-já perdeu dois filhos e tem mais de oitenta anos-,pessoa querida demais por mim, que condifera-me qual uma filha,ela estava internada em hospital por causa de uma fratura.

Contou-me que ele lhe dissera que mandara fazer um medalha, e que a colocara num colarzinho, para presentear-me no natal,onde mandara escrever "índia",graças às minhas origens-ele sempre se espantava por eu não ter cabelos brancos-uma tetravó era potiguara.Realmente, ele ligara de Juiz de Fora e me dissera que passaria o Natal em belo Horizonte, que traria essa esse penditif.E já o recebi:a idosa e adorável senhora mandou-me um bauzinho, com coisinhas lindas,pentinhos de cabelo com strass,delicadíssimos, borboletas que ambos sabiam ser uma de minhas paixões.E essa prenda:a medalhinha com a identidade de minhas raíses fgravada:"Índia".


Agradeço muito a Karl Albert.

Clevane Pessoa de Araújo Lopes