sábado, 23 de maio de 2009
Re-In-sacando poesia- rememória-Projeto Pão e Poesia, de Diovvani MendonçaPremiação no mídia livre, do MINC. .
Participei de algumas edições do re-In-Sacando poesia , a convite de Rogério Salgado, poeta que é seu editor.
Da segunda vez, ilustrei a edição,a bico de penas convidei um amigo, o advogado Fernando Morandi e outros poetas-inclusive meu editor e velho amigo o poeta Kiko Consulin (*).Usei uns poemas dos Anos 60, sobre a metáfora Pão e Poesia.
Noutro dia, conversava com Diovvani Mendonça, autor do projeto Pão & Poesia , que oferece sacos de pão coloridos, com arte e poemas, sobre esses meus mini-poemas da juventude.Ele disse que gostaria de vê-los.
Contei-lhe que antes de serem publicados nos Saquinhos de Poesia , em edição cooperada, eu fizera cards , à mão e depois a então adolescente Relva Caroline, criara cartões e marcadores de livros que eu usava para divulgar meu consultório.
Como divulguei seu concurso de poemas , mas não perdi a data limite pata o envio de poemas, ele, generosamente, convidou-me a participar de uma sacola.Aguardo Espero com prazer:gosto de estar onde a beleza faz ninhal.De uma fraternidade sem tamanho, Diovvani, um ótimo poeta,já mandou um motoboy aqui em casa, para doar os mesmos ao Sementes de Poesia-edição das Mães - no qual fui homenageada pela Diretora do MUNAP, Regina Mello.E além dos coloridos, enviou os branquinhos, menores, com três sementes de moringa -a semente que limpa água suja e é usada como filtro, no sertão- e onde há um presente adicional:seu belo poema ZIAR (leia de trás pata frente).
Para o Paz e Poesia de domingo passado (17/05/2009), novamente enviou aqui um motoboy com setecentas unidades , que somei a umas sessenta, sobradas da primeira leva.O certo é que essas embalagens que podem acondicionar presentes e pão, foram muito úteis e versáteis, pois delas, conforme a dobradura ou o desdobramento lateral, serviram para embrulhar livros grandes e pequenos e revistas, qual a PLURAL da Oficina (Apperj), a Estalo (Belo Horizonte)e outras mais.
A nossa mascote, uma Pomba da Paz estilizada, idealizada e confeccionada pelo poeta Antonio Dayrell,foi oferecida aos amantes e praticantes da Paz , na AMI(Associação Mineira de Imprensa) e ele é um deles.
Hoje, Diovvani ligou-me , feliz , porque seu projeto alcançou um merecido primeiríssimo lugar na seletiva do MINC (Ministério da Cultura) ,"Mídia Livre".Exultei, pois passamos hora ao telefone a falar sobre seus muitos projetos altruísticos e culturais.Esse o pretexto dessa postagem.
E para convidar vocês para amanhã, no café Khalua, onde Dionnavi Mendonça vai se apresentar (veja a página imediatamente anterior, sobre a festa em celebração ao Dia Nacional do Café, organizado por Brenda Mars).
Na foto, pilhas de livros para distribução no Poesia e Paz , embrulhados nos saquinhos (nosso mutirão para embalá-los foi na sala do presidente da AMI-Wilson Miranda-invadida por versos , poetas e livros.Fizeram parte dessa ação:a artista e poeta visual Iara Abreu, a Poeta Fátima Sampaio e sua filha Ana Luisa,a jornalista e poeta Brenda Marques Pena, o jornalista Domingos que ali fora visitar o amigo e nos ajudou -e eu, Clevane pessoa.
Ao Diovvani, votos de todo sucesso possível, e o regosijo, pois bem sei que a verba do Prêmio servirá para alimentar sues muitos planos e projetos.E, de presente, esses meu versinhos prometidos, que fizeram também parte do Projeto PPP (Projeto Poesia no Pano), em S.Luiz, Maranhão,onde morei nos Anos 80 - quando eu escrevia e desenhava em tecido, meus poemas.
Clevane Pessoa, Diretora Regional do inBrasCi,Vice-Presidente do IMEL e pesquisadora do MUNAP.
As fotos das páginas ficaram sem nitidez, depois consultarei as minhas páginas, mas aí vão alguns dos meus simples versos, publicados no Re-Insacando poesia do Rogério , quão simples é o sal, a água, o fermento a farinha que se tranformam nesse antigo alimento da humanidade:
A Poesia é cor/ação
fermenta na alma
e se faz pão...
Outro:
O pão da Poesia
a Poesia do pão:
o fermento, à revelia, o faz crescer, ou não
-depende do dia, depende da mão...
Clevane Pessoa de Araújo Lopes
(*) Kiko Konsulin, acaba de editar meu livro em homenagem a Aroldo Pereira, e vou lançá-lo também no Psiu Poético, de Montes Claros.Uma primorosa edição, segundo penso, mas também os editores Gabriel Bicalho e Wilmar Silva-que sabem bem o que dizem.
24 horas de café do Dia do Café-24 de maio-Café Khalua
Brenda Mars,toda cheia de energia, organiza no dia do café, 24 de Maio, 24 horas de Café, arte, música e poesia.
O loval escolhsido é um point de intelectuais, jornalistas,artistas, poetas e toda a tribo urbana de pessoas que buscam um espaço de encontro -até consigo mesmo :o Café Kahlua, que foi onde a conheci pessoalmente, quando fazia sua mostra de fotografia Criança Não é Brinquedo.
A jornalista Brenda Marques Pena também a baterista da Banda Caution, só de mulheres.É performadora, poeta -e não para ontem mesmo, estava no poesia na Praça Sete, onde é a fotógrafa oficial, para registrar a apresentação do Gripo Gato Pingado:Bilá eBernardes e katol Pedico, que interpretavam vários poetas e a si mesmas.
No domingo 17, ajudou a fazer percussão do BOI ROSADO , que acompanhou os poetas no evento PAZ e POESIA.E ainda é a curadora das mostras de Neuza Ladeira, também presente nessas 24 horas de Café.
(Clevane)
Leiam a chamada:
"No próximo domingo (24 de maio) é o dia do café e pra comemorar a data o café Kahlua estará aberto durante 24 horas com várias atrações culturais, entre elas Gabriel Guedes (filho do Beto Guedes) que toca às 11 horas e expõe intrumentos confeccionados por ele. Na ocasião lançaremos também o projeto KFÉ do Instituto
Imersão Latina.
A partir de 0 hora (virada de sábado para domingo) haverá apresentações musicais de Thiago Machado, Los Elles (trio de jazz e blues de Tiradentes e São João Del Rey), Binné Zimmer, Cláudio Carvalho, Dj Fausto, Gabriel Guedes, Caution B Trio. As intervenções poéticas ficam a cargo de Brenda Mars, Clevane Pessoa, Wilmar Silva, Milton César Pontes, Diovvani Mendonça (Pão e Poesia), os argentinos Laia e Sebastián. A cantora Rosa Pimentel fará às 18h uma homenagem ao poeta cubano José Martí com música e poesia.
Encaminho release abaixo para divulgação.
Anexo o convite do 24h all café.
Tocarei com bateria às 14h do domingo releituras de pop, rock e soul.
Para entrevistas com os organizadores e atrações culturais, favor entrar em contato comigo pelo (31) 88119469.
Um abraço e obrigada pelo apoio na divulgação!
Brenda Marques Pena
Jornalista, produtora cultural do 24h all café
Presidente do Instituto Imersão Latina
(31) 88119469 (31) 87883820
KFÉ e Arte 24 horas
24 de maio é o dia nacional do café e para comemorar a data a Cafeteria Kahlua de Belo Horizonte abre as portas e brinda seus fregueses com o 24h all café. O café Kahlua será o ponto de encontro de artistas de vanguarda brasileiros e argentinos, que farão intervenções poéticas intercaladas com shows musicais, mostra de artes plásticas e exibição de vídeo produzido pela Escola de Cinema de Belo Horizonte com 200 cenas de cafés.
A proposta é que no estilo do Café Voltaire onde se reuniam poetas surrealistas, dadaístas e futuristas no início do século XX, o Café Kahlua seja um local de expressão de diferentes poéticas contemporâneas neste início do século XXI.
Durante o 24h All Café será lançada a proposta do projeto KFÉ de conscientização ambiental e treinamento de jovens baristas em regiões carentes pelo Instituto Imersão Latina (IMEL) em parceria com o café Kahlua. A campanha visa difundir a cultura do café com responsabilidade social do cultivo ao consumo.
30% da venda dos quadros do Ateliê Thayná Carneiro e da artista plástica Neuza Ladeira, expostos entre 24 de maio a 24 de junho e parte da receita do dia do café será doada ao IMEL.
O Instituto Imersão Latina é uma ONG formada por ativistas que se preocupam em mostrar a diversidade cultural e ambiental da América Latina. O IMEL desenvolve projetos e atividades culturais, de capacitação e treinamento com outras entidades que visem o desenvolvimentos sócio-cultural, pesquisa e difusão das memórias e identidades culturais latino-americanas.
A parceria Café Kahlua e Imersão Latina começou em outubro de 2006, com o lançamento do Projeto Criança não é Brinquedo do IMEL. Na ocasião, em mostra fotográfica alertamos sobre a importância de se pensar o futuro da América Latina a partir das crianças. A mesma mostra já passou por Brasília (2007) e Porto Alegre (2008) e a cada ano seguirá por outras cidades.
Serviço:
24h all café
24 de maio (durante 24 horas)
Virada cultural com música, artes plásticas, poesia e cinema
Local: Cafeteria Kahlua (rua guajajaras 416, esquina com rua da Bahia)
Mais informações:
info@imersaolatina.com
(31) 88119469 (31) 30476186
(Brenda - IMEL)
(31) 3222-5887
(Rui - Kahlua) CAFÉ KAHLUA
http://www.imersaolatina.com/
http://www.imersaolatina.blogspot.com/
www.twitter.com/cafekahlua
-----------------------------------------------------------------------------
E mando meu recado:
Água, Pó & Cia
Clevane Pessoa
Kfé, com fé,
sem fé, , com tudo, com nada,
contudo contido,
não embriaga
-a borra
não escorra,
expresso
express,
bom preço,
com chantilly,
espuma de leite,
tem gosto
de mais um pouco
brasileiro é louco por café,
não é?
Na xícara, no copo,
caneca, golada ou golinho,
canudo ou colher,
negro ou marrom,
com chocolate, canela,
fita de laranja, baunilha,
puro, quente ou gelado,
fumèe, fino fumacê,
forma figuras,
oníricas,
faz meditar, poetizar
-deixa alerta,
a cafeína .
Toma-o a mulher e a menina,
o velho e o moço.
Todosnosotros...
Se eu tenho algum vício?
Somente esse:
tomar kfé
com poesia
(Pó & Cia)
------------------------------
A logomarca do projeto KFÉ é uma criação de Andreza Nazaré e Raquel Savassi
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Acróstico de Silvia Araújo Motta, para Clevane
Silvia Araújo Motta ,tem um hobby literário:fazer acrósticos:pessoas, eventos lugares.
Também recebi um , que encontro no site - jpg - www.virtualismo.avbl.com.br/.../16b.jpg
Acróstico-biográfico
Por Sílvia Araújo Motta
Em: BH-MG-Brasil, 19-09-2005
C - CLEVANE PESSOA-Artista-Araújo
L - Lopes é nordestina, por prazer, radicada
E - Em Minas Gerais, benquista, cujo
V - Verso em Língua Portuguesa, com certeza,
A - Agrada à brasilidade culta e mista.
N - Nos Certames Literários, premiada
E - Em Itália, Brasil e outros mais...
P - Pensamentos de flores alados
E - Em espirais coloridos da alma,
S - São lições reais e perfumadas
S - São acalantos que acalmam
O - Os labirintos em profundidade,
A - À reinvenção vital iluminada.
A - A criança-poeta, prodígio mostrou!
R - Residiu em vários Estados!Com pai e marido
A - À Família, no trabalho, acompanhou.
Ú - Um saber-multifacetado adquirido,
J - Jovem, bonita, Radialista, Escritora-Contista,
O - Oficineira de Poesia e Ilustradora.
L - Lindas Premiações. Diversas Associações
O - Ostentam cantante, seu nome participante.
P - Psicóloga, Articulista de várias publicações,
E - Empossada no NUME, AVBL, ex-Presidente,(*)
S - Sua Juiz de Fora e em Beagá:Telas em Exposições.
Belo Horizonte, 19 de setembro de 2005.
Marcadores:
Acróstico de Silvia Araújo Motta,
para Clevane
terça-feira, 5 de maio de 2009
Soneto II
Soneto II
Feche os olhos para sentir meu gosto
eu não esqueço o sabor dos que me davas,
Aperta-me em teus braços, e isso posto,
voltará a memória de quem amavas...
Queria ter sido muito mais guerreira,
ter flutuado no espaço até encontrar-te,
começar uma vida íntima e inteira,
aprender que amar é um direito e uma arte...
Sensual que sou, fazer-te arder inteiro,
a desmanchar meus juvenis pudores,
-tudo vale se o amor é verdadeiro...
Jamais te esqueci, não esqueci de nada
e se vivi outros romances, amores,
foi apenas por não ser mais a tua amada...
Feche os olhos para sentir meu gosto
eu não esqueço o sabor dos que me davas,
Aperta-me em teus braços, e isso posto,
voltará a memória de quem amavas...
Queria ter sido muito mais guerreira,
ter flutuado no espaço até encontrar-te,
começar uma vida íntima e inteira,
aprender que amar é um direito e uma arte...
Sensual que sou, fazer-te arder inteiro,
a desmanchar meus juvenis pudores,
-tudo vale se o amor é verdadeiro...
Jamais te esqueci, não esqueci de nada
e se vivi outros romances, amores,
foi apenas por não ser mais a tua amada...
PARA SERMOS NÓS MESMOS -Clevane
O amigo Mhário Lincoln honra-me quando publica meus textos no Portal que leva o seu nome.
http://www.mhariolincoln.jor.br/convidados/clevane-pessoa-em-pessoa.html
Clevane Pessoa, em pessoa!
02/05/2009 - 01:28h
PARA SERMOS NÓS MESMOS
Clevane Pessoa de Araújo Lopes *
Temos que aprender a reedificar nossas edificações interiores, que muitos tentam destruir. Dentro de nós, nos vem um instrumento belo e forte que se chama intuição. Caímos num mundo feito muito, muito tempo antes de nós, e ele está cheio de dogmas, leis, normas e preceitos, conceitos e preconceitos. Necessidades que nos afastam de nós mesmos. Crianças costumam acreditar - e uma de nossas maiores “conquistas” apreendidas do mundo externo é desacreditar no outro, desconfiar de quem nos cerca. Como nos enganam, quando nos fazem esquecer a criança dentro de nós…
Se estamos a caminhar apressados e nos perguntam as horas, levamos um susto, a carga adicional de adrenalina no sangue, a taquicardia paroxística, traduzidas do medo que hoje sentimos de outros humanos, é muito triste.
Claro, há motivos: assaltos, arrastões, seqüestros relâmpagos e demorados. Numa capital, por exemplo, não se fica a conversar na porta de casa, não se cumprimenta quem por nós passa muito depressa, tão depressa quanto nós também passamos pelos outros. Nas praças, caminha-se, corre-se, sem sequer olhar para os lados. Às vezes, um cãozinho na coleira nos proporciona um dedo de prosa. Não são contados “causos”.
Aquele que morre, é um entre dezenas. O que nasce, na Maternidade, já terá a companhia de outras pessoazinhas nos berçários.
Não somos mais “o” alguém… O filho de seu fulano, o neto do velho beltrano. Passamos a ser ” um”. Um médico, um carteiro, uma advogada, mais um, mais uma.
Kierkegaard,em 1850, já chamava a atenção para o fato de que um indivíduo será sempre superior à sua espécie vista como um todo.
A nossa individualidade é que nos torna singulares. Claro, a adaptabilidade é um exercício: sofre menos, quem se adeqüa ao necessário. Mas não precisamos ser quais animaizinhos amestrados, aquele que se curva ao mestre, ao dono, ao chefe, a patrão, a ponto de perder-se de si, nem adestrados, aqueles que renunciam aos seus próprios ideais e filosofia de vida, à sua maneira de ser, para não perder um emprego, um status, um casamento sem amor, mas que traz benefícios pecuniários, por exemplo.
Há um tempo, na vida, em que precisamos, sim, ser alunos e ter mestres. Somos filhos a quem os pais ensinam. Temos de respeitar os que vieram antes, os que já estudaram mais, os mais sábios, instrutores de fé, de crenças. Mas nem estes têm direito de nos subjugar, amordaçar, calar.
Respeitar alguém não significa ser-lhe subserviente. O brio de ser, o brilho da individualidade, somente lustra nossa personalidade.
Quantos, para agradar a companheiros conjugais, amantes e namorados, não raras vezes, amigos, anulam-se, desconstroem-se, desinstalam-se de seus melhores traços? Renunciam a suas metas, a seus dons, a seus talentos.
Somente deveremos exercer profissões que nos atraiam, nas quais nos sintamos realizados e felizes.
A propósito: há algo de mal na felicidade? Quantas pessoas acreditam-se não merecedores da felicidade plena? Pois saibam que a busca da ventura é o primeiro dever do seres humanos.
Quando, em outubro/2007, fui ao CLESI(*), em Ipatinga, MG, receber a antologia Prosa Gerais e o troféu de segundo lugar de conto por “O Balão Amarelo”, conheci, na van do Resort San Diego, que nos levava ao auditório da USICULTURA, um jovem e talentosos poeta e contista.
Conversa vai, conversa vem, ele contou que morava em Juiz de Fora (onde morei), que era belorizontino (onde agora resido). E, pasmem (eu não!), deixou o cursos de Medicina, para ser… Poeta.
Adorei conhecer tal força, tal auto-respeito, em alguém ainda longe dos trinta anos anos. Ele subiu ao palco três vezes. Certamente as palmas, para os conhecedores, como eu, dessa escolha maravilhosa, tinham um sentido muito maior.
Sim, às vezes, é belo renunciar. Mas por uns tempos, por favor! Como viver longe de si mesmo, da pessoa que você veio destinada a ser? É preciso adquirir a habilidade de estabelecer espaços, hiatos de temporalidade, momentos de generosidade em prol do outro. Isso é belo. Mas assim que puder, rasgue os ombros e deixe que dos cortes, nasçam asas. E voe, sendo você mesmo…
Há quase três décadas, escrevi:
“A liberdade de ser
É o espaço do sêr,
Dentro do estar, para fazer-se.”
Eu própria, embora não divorciada da Literatura, nem dissociada de minha essência poética,p ara responder às necessidades de ser companheira e mãe, deixei por uns tempos,paralela a tudo mais, a minha vocação de escrever.
Assim que pude, no entanto, retomei as hastes de minhas flâmulas, redesenhei os brasões de meu ideal e voltei ao meu fazer de escritora, amante das palavras, sacerdotisa do verbo.
E jamais escrevi tanto: eu , de mim, aqui estou, militante por mim mesma, pelo meu modo de ser- estar no mundo…
O sentido da Vida, é simples:viver. Mas não se traia, nem se esqueça. Lembre-se de você, fruto de si mesmo. Lembre-se sempre de ser único. Você…
Com os melhores votos de feliz e consciente Ano Novo. Sempre é tempo de mudar, quando é preciso. Mude para melhor. Você tem esse direito. Todos nós temos: o direito de sermos nós mesmos.
Belo Horizonte, 28/12/2006
“* Escritora e poeta, exerce a profissão de psícologa e publicou cinco livros de poesia está presente em oitenta antologias, por preiação ou cooperativismo entre escritores.Possui 20 e-books. Escreve em alguns sites da Internet Literária. Premiada no Brasil e no Exterior, acaba de merecer o Nono Prêmio aBrace, no X encontro desse Movimento Cultual, que aconteceu de 14 a 20 de abril no Exterior.Escreve Poesia e prosa.É palestrista e oficineira. Reside em Belo Horizonte, Mg-Brasil, mas nasceu no Rio Grande do Norte.
http://www.mhariolincoln.jor.br/convidados/clevane-pessoa-em-pessoa.html
Clevane Pessoa, em pessoa!
02/05/2009 - 01:28h
PARA SERMOS NÓS MESMOS
Clevane Pessoa de Araújo Lopes *
Temos que aprender a reedificar nossas edificações interiores, que muitos tentam destruir. Dentro de nós, nos vem um instrumento belo e forte que se chama intuição. Caímos num mundo feito muito, muito tempo antes de nós, e ele está cheio de dogmas, leis, normas e preceitos, conceitos e preconceitos. Necessidades que nos afastam de nós mesmos. Crianças costumam acreditar - e uma de nossas maiores “conquistas” apreendidas do mundo externo é desacreditar no outro, desconfiar de quem nos cerca. Como nos enganam, quando nos fazem esquecer a criança dentro de nós…
Se estamos a caminhar apressados e nos perguntam as horas, levamos um susto, a carga adicional de adrenalina no sangue, a taquicardia paroxística, traduzidas do medo que hoje sentimos de outros humanos, é muito triste.
Claro, há motivos: assaltos, arrastões, seqüestros relâmpagos e demorados. Numa capital, por exemplo, não se fica a conversar na porta de casa, não se cumprimenta quem por nós passa muito depressa, tão depressa quanto nós também passamos pelos outros. Nas praças, caminha-se, corre-se, sem sequer olhar para os lados. Às vezes, um cãozinho na coleira nos proporciona um dedo de prosa. Não são contados “causos”.
Aquele que morre, é um entre dezenas. O que nasce, na Maternidade, já terá a companhia de outras pessoazinhas nos berçários.
Não somos mais “o” alguém… O filho de seu fulano, o neto do velho beltrano. Passamos a ser ” um”. Um médico, um carteiro, uma advogada, mais um, mais uma.
Kierkegaard,em 1850, já chamava a atenção para o fato de que um indivíduo será sempre superior à sua espécie vista como um todo.
A nossa individualidade é que nos torna singulares. Claro, a adaptabilidade é um exercício: sofre menos, quem se adeqüa ao necessário. Mas não precisamos ser quais animaizinhos amestrados, aquele que se curva ao mestre, ao dono, ao chefe, a patrão, a ponto de perder-se de si, nem adestrados, aqueles que renunciam aos seus próprios ideais e filosofia de vida, à sua maneira de ser, para não perder um emprego, um status, um casamento sem amor, mas que traz benefícios pecuniários, por exemplo.
Há um tempo, na vida, em que precisamos, sim, ser alunos e ter mestres. Somos filhos a quem os pais ensinam. Temos de respeitar os que vieram antes, os que já estudaram mais, os mais sábios, instrutores de fé, de crenças. Mas nem estes têm direito de nos subjugar, amordaçar, calar.
Respeitar alguém não significa ser-lhe subserviente. O brio de ser, o brilho da individualidade, somente lustra nossa personalidade.
Quantos, para agradar a companheiros conjugais, amantes e namorados, não raras vezes, amigos, anulam-se, desconstroem-se, desinstalam-se de seus melhores traços? Renunciam a suas metas, a seus dons, a seus talentos.
Somente deveremos exercer profissões que nos atraiam, nas quais nos sintamos realizados e felizes.
A propósito: há algo de mal na felicidade? Quantas pessoas acreditam-se não merecedores da felicidade plena? Pois saibam que a busca da ventura é o primeiro dever do seres humanos.
Quando, em outubro/2007, fui ao CLESI(*), em Ipatinga, MG, receber a antologia Prosa Gerais e o troféu de segundo lugar de conto por “O Balão Amarelo”, conheci, na van do Resort San Diego, que nos levava ao auditório da USICULTURA, um jovem e talentosos poeta e contista.
Conversa vai, conversa vem, ele contou que morava em Juiz de Fora (onde morei), que era belorizontino (onde agora resido). E, pasmem (eu não!), deixou o cursos de Medicina, para ser… Poeta.
Adorei conhecer tal força, tal auto-respeito, em alguém ainda longe dos trinta anos anos. Ele subiu ao palco três vezes. Certamente as palmas, para os conhecedores, como eu, dessa escolha maravilhosa, tinham um sentido muito maior.
Sim, às vezes, é belo renunciar. Mas por uns tempos, por favor! Como viver longe de si mesmo, da pessoa que você veio destinada a ser? É preciso adquirir a habilidade de estabelecer espaços, hiatos de temporalidade, momentos de generosidade em prol do outro. Isso é belo. Mas assim que puder, rasgue os ombros e deixe que dos cortes, nasçam asas. E voe, sendo você mesmo…
Há quase três décadas, escrevi:
“A liberdade de ser
É o espaço do sêr,
Dentro do estar, para fazer-se.”
Eu própria, embora não divorciada da Literatura, nem dissociada de minha essência poética,p ara responder às necessidades de ser companheira e mãe, deixei por uns tempos,paralela a tudo mais, a minha vocação de escrever.
Assim que pude, no entanto, retomei as hastes de minhas flâmulas, redesenhei os brasões de meu ideal e voltei ao meu fazer de escritora, amante das palavras, sacerdotisa do verbo.
E jamais escrevi tanto: eu , de mim, aqui estou, militante por mim mesma, pelo meu modo de ser- estar no mundo…
O sentido da Vida, é simples:viver. Mas não se traia, nem se esqueça. Lembre-se de você, fruto de si mesmo. Lembre-se sempre de ser único. Você…
Com os melhores votos de feliz e consciente Ano Novo. Sempre é tempo de mudar, quando é preciso. Mude para melhor. Você tem esse direito. Todos nós temos: o direito de sermos nós mesmos.
Belo Horizonte, 28/12/2006
“* Escritora e poeta, exerce a profissão de psícologa e publicou cinco livros de poesia está presente em oitenta antologias, por preiação ou cooperativismo entre escritores.Possui 20 e-books. Escreve em alguns sites da Internet Literária. Premiada no Brasil e no Exterior, acaba de merecer o Nono Prêmio aBrace, no X encontro desse Movimento Cultual, que aconteceu de 14 a 20 de abril no Exterior.Escreve Poesia e prosa.É palestrista e oficineira. Reside em Belo Horizonte, Mg-Brasil, mas nasceu no Rio Grande do Norte.
Marcadores:
PARA SERMOS NÓS MESMOS -Clevane Pessoa
Assinar:
Postagens (Atom)