quarta-feira, 26 de março de 2008

LANCAMENTO DA REVISTA GLOBAL/Brasil Número 10


Essa revista ,vale a pena ler! Gostei muito da que me foi enviada.O conteúdo busca fazer emergir o "de profundis" dos assuntos abordados.Agora, atinge a décima edição.
Que continue a fazer sucesso e que seja ainda mais conhecida...
Clevane



LANCAMENTO DA REVISTA GLOBAL/Brasil Número 10

Quinta-feira 27 de Marco de 2008 a partir das 19 horas
Livraria Odeon
Praça Floriano, 7 - Cinelândia - Mezanino do Cinema Odeon-Petrobras Cinelândia - Rio de Janeiro

Performances de Ronald Duarte
e

NOLEX SAMPLE WAY OF LIFE
com Romano e Rappers Malone, Funk, K2 e os Neguim Q ñ c Calam. Presença dos bboys Pluto e Will

(Outras performances a confirmar)




Este Projeto é apoiado pelo
Programa Cultura e Pensamento 2007
www.cultura.gov.br/culturaepensamento
Patrocínio
Petrobras, Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura
Realização
Fapex
Co-realização
TVE-Bahia, SESC-SP, RNP-Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, Ministério da Educação



Trânsitos
Desenho de Inês de Araújo
Debate "Mestiçagem e Racismo":
Alexandre do Nascimento / Caia Fittipaldi / Giuseppe Cocco / Leonora Corsini / Rodrigo Guéron / Raul Longo / Raul Vinhas
Morada das almas: uma viagem ao Meruri Eduardo Ferreira

Conexões
Debate "Biopolítica e Biopoder":
Antonio Martins / Barbara Szaniecki / Caia Fittipaldi / Fernando Santoro / Giuseppe Cocco / Leonora Corsini / Rodrigo Guéron
Ensaio fotográfico de Pedro Stephan
Performance de Suely Farhi e Aimberê Cesar
Mais do mesmo preconceito Sofia Zanforlin

Caderno Brasil do Le Monde Diplomatique
Sociedade em rede Dalton Martins e Hernani Dimantas

Universidade Nômade
Diálogo de falantes e mudos na mídia brasileira Fábio Goveia
Quem controla a internet em Vitória Fábio Malini
Debate "Enxame":
Barbara Szaniecki / Caia Fittipaldi / Fernando Santoro / Giuseppe Cocco / Maurício Siqueira / Rodrigo Nunes

Maquinações
A Cidade dos Catadores de Papel Rodolfo Fonseca
Ensaio fotográfico de Paulo Innocêncio

TransEditoriando...

Chegamos ao número 10!
Nascida a caminho do Fórum Social Mundial de 2003, a revista GLOBAL/Brasil se transforma,
privilegiando os debates entre os vários participantes da lista Universidade Nômade, em relação aos artigos autorais.
Também abre um maior espaço para expressões estéticas diversificadas.
Desenhos, fotos e performances se agenciam com os debates, produzindo uma fala-monstro que exalta a criação coletiva,
em detrimento da assinatura individualizada de autores ou artistas.

Produzir uma revista implica organizar um corpo de textos e imagens não
apenas em diálogo, mas em devir - o que aparenta corpo revela-se como infinidade de moléculas sígnicas em movimento em direção a outras. Imagem torna-se texto, texto torna-se imagem.
Nesta transformação sempre inacabada, dribla-se a tentação de hierarquizar as representações, tentação à qual o design ceder ou se opor.
Assim nos vamos aproximando de um desenho expressivo - conjunção íntima de formas e conteúdos.

Produzir uma revista significa sobretudo ativar uma multiplicidade de colaboradores para esta produção textual e iconográfica,
assim como para disseminá-la pelos territórios reais e virtuais.
Todavia, se sobram cérebros para produzir, faltam braços para distribuir.
Para muitos, a distribuição de uma revista ainda equivale a mera reprodução.
Nos deparamos com os velhos sintomas de hierarquizações entre trabalho imaterial e trabalho material.
Se ainda sobram mentes mas ainda faltam membros, quando, numa economia do conhecimento,
teremos a produção, afinal, estreitamente ligada à circulação do que seja produzido?

Percebemos aqui que produzir uma revista é ação política!
Ora, em cultura de redes, a questão da "organização" é questão sensível.
É verdade que mesmo em organização que se queira radicalmente democrática
e trabalhe para a radicalização da democracia, o fantasma de alguma hierarquização dos corpos, físicos ou semióticos, persiste.
Pensemos então em praticar outros conceitos e conceituar outras práticas.
Surge o enxame, figura altamente desmaterializada que converge, dispersa e recombina para um novo impulso.
Vislumbramos a produção e a distribuição da revista como um acontecimento instantâneo e imprevisível,
ou como um microconstrutivismo persistente e resistente?
É preciso continuar a experimentação, verificar continuamente se os novos conceitos correspondem efetivamente às realidades vivenciadas.
Mais do que analisar, provocar o enxameamento. E praticá-lo na maior horizontalidade possível.
Se, nesta prática, verificar-se que algumas estruturas sejam necessárias, que sejam flexíveis e temporárias.
Que durem o tempo de sua intensidade.

Dentro de um contexto global de transformações do capitalismo - que aqui chamamos de capitalismo cognitivo -,
e de um contexto local de um governo eleito democraticamente e de políticas públicas democratizantes
que o atualizam continuamente, como os Pontos de Cultura, a circulação é produção!
Distribuição em pontos de cultura, distribuição através de um portal de revistas alternativas e companheiras,
distribuição através do Ministério da Cultura ou de outras entidades, distribuição através de site próprio ou de sites aliados
é resistência frente aos monopólios midiáticos e é criar outros mundos possíveis.
Cooperar é multiplicar nossa potência para além da concorrência mercadológica ou da centralização burocrática, numa expansão contínua,
de modo a concretizar os desejos dos muitos.

Para isto, a GLOBAL se transforma e se nomadiza.
Quer ser um corpo monstruoso, real e virtual, golem de barro e cyborg de chips, low e high tech
- corpo impuro, atravessado por múltiplos conflitos e desejos.
Como Luana, este corpo vai pra pista porque quer e assim, exibindo-se sem falsos pudores,
está a caminho do Fórum Social Mundial de 2009.

ESPAÇO ÉCOMUM - OFICINAS - ABRIL 2008


Espaço Écomum


OFICINAS – ESPAÇO ÉCOMUM - ABRIL 2008



CRIAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E ACOMPANHAMENTO NA ELABORAÇÃO DE PROJETOS CULTURAIS PARA A LEI MUNICIPAL DE INCENTIVO A CULTURA - 2008 - BELO HORIZONTE.



Direcionado para pessoas físicas



De 05 a 26 de Abril.



Sábados de 09 às 12 horas



Público: Mínimo de 05 e no Maximo de 10 pessoas.



Dia 05/04 - Gerenciamento Operacional

Dia 12/04 - Planilha de Custos

Dia 19/04 - Documentação

Dia 26/04 - Desenvolvimento de Textos



INVESTIMENTO - 200,00 - VAGAS LIMITADAS



Responsáveis técnicos:



Marco Llobus (Poeta, Produtor, pesquisador Cultural e membro da Rede Catitu Cultural)

Ricardo Evangelista (Poeta, Sociólogo, pesquisador Cultural e membro da Rede Catitu Cultural)





CURSO DE ROTEIRO (QUADRINHOS) - A CRIAÇÃO DE PERSONAGENS



Jornada Crepúsculo - Presencial

Inicio: 05 a 26 de Abril.

Aos Sábados de 14 às 17 horas

Carga horária: 12h/aula

Pré-requisitos - Idade Mínima de 14 anos

Mínimo de alunos: 05



Responsabilidade Técnica: Amauri de Paula



Ementa: Abordar de forma prática, através do método de criação reversa, as principais teorias da criação de personagens, com foco no personagem de histórias em quadrinhos. Outras informações sobre essa oficina: www.nacaohq.quadrinho.com



INVESTIMENTO: R$ 60,00 - VAGAS LIMITADAS



Serão fornecidos certificados ao final do curso



Local - Espaço Écomum Escola Livre de Arte e Vitalismo.

Av. João Samaha, 84 A São João Batista (Próximo ao Lagoa do Nado e Supermercado Epa)

Mais informações 3245-5028 email: espacoecomum@gmail.com

Ângela Togeiro Pede Passagem,.



Ângela Togeiro nos envia este poema e penso que ambas temos alguns pontos de toque em comum.Não poucas vezes, estivemos classificadas (bem) nos mesmos concursos.
Certa feita, fui classificada com Menção Honrosa e o poema, sobre a felicidade, demosntrava essa inquietação que ela mostra ao reletar sua busca pela poesia.E meu sarau, no ano passado, na lagoa do nado, chamou-se "A Poesia pede passagem".Se pensarmos que apenas agora, acabamos no mesmo espaço (o "Poesia pela Paz", Casa de Cultura onde nos reunimos ,para organizar o evento PAZ e POESIA de domingo próximo),que nos encontramos pouquíssimas vezes,que ela é mineira, eu nordestina aqui radicada,vamos nos espantar das semelhanças.

No dia 05 de abril, irei entrevistá-la, com Marco Llobus filmando e fotografando ,para nosso projeto POIETISAS (aprovado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura)...E talvez descubra mais similaridades...Não foi á toa que ela nos convidou a provar do seu tempero...


Ângela pertence ao Proyecto Sur (leia-se Ademir Bacca, de Bento Gonçalves,RS), à UBT/BH é Membro Honorário da Academia de Letras e Ciências de São Lourenço/MG, Membro da Associação Profissional dos Poetas do Estado do Rio de Janeiro, e a outras entidades, que aos poucos irei mostrando.É autora de vários livros e muito inspirada.
Gosto dela.Assim,,simples ,complexa e fraternalmente.

Clevane Pessoa





A POESIA PEDE PASSAGEM


Angela Togeiro desde Belo Horizonte/MG-Brasil


http://angelatogeiro.googlepages.com/home


Ansiosa, durante dias, andei pelas livrarias,

das maiores às menores, procurando algo especial:

um destaque para o Dia da Poesia.

Ah, como queria ver livros de Poesia

expostos cuidadosamente nas vitrines...

Nomes de poetas famosos e desconhecidos...

Títulos em letras garrafais ou tímidas,

ou simplesmente a palavra POESIA...

Mas não encontrei nada. Nada!

Entrei em algumas: profusão de livros...

vários naipes do saber.

Literatura de ficção, muita, e Poesia, também, mas pouca.

Já me disseram: há poetas em excesso e romancistas, não.

Mas os livros em destaque são de romance!

E a Poesia? Onde é o lugar da Poesia?

É nas prateleiras? É em poucos volumes? De raros poetas?

Se são tantos os poetas, por que não há livros nas vitrines?

Será que não investem em Poesia? Onde estão os poetas?

Onde se mostram os poetas? Onde está a Poesia? Onde?

Será a importância da Poesia menor que a do romance?

Não acredito! A Poesia tem um valor imensurável,

que talvez nem saiba explicar o que é POESIA,

porque ela não é só o escrever em verso rimado,

ou em verso metrificado ou verso livre;

não é só uma trova, ou um soneto,

um cordel, um haicai ou um poema com enredo

exaltando o Belo ou execrando o Feio.

Poesia é o argumento que mostra ao homem

a sua própria alma, notadamente hoje,

pois vivemos num mundo em que a tecnologia,

o conhecimento humano e os valores econômicos

cada vez mais acelerados e desenfreados

afogam nossos valores, distorcendo-os,

obrigando-nos a adotar atitudes e comportamentos

que contrariam nossa própria condição humana

e nos tornam caçadores de um destino

que sequer sabemos o que é ou para que é.

A Poesia acorda nossos valores adormecidos:

é o instante de reflexão de nossa alma

em que ela se enche de paz ao encontrar o Verso Íntimo

– a nossa própria essência de ser.

Poesia é o sentir e o sonhar, é o buscar e realizar sonhos.

É abrir os olhos e ver o dia brilhando para nos receber.

É a oração que rezamos, pedindo ou agradecendo.

É o choro do bebê querendo algo e seu sorriso nos agradecendo.

É uma lágrima caindo, de alegria ou de tristeza.

É um flerte com alguém desconhecido.

É contar as estrelas de amor nos olhos do ser amado.

O toque suave da nossa mãe, a franqueza do nosso pai.

É olhar a montanha e sonhar

com o mundo bem além que ela nos esconde.

É tropeçar nas coisas do Universo

e sentir a Criação – fauna e flora se integrando.

Sentir que a vida é uma Poesia

que a gente escreve desde o nascer

até o nosso morrer nesta dimensão,

com nosso jeito único de ser, de sentir e se integrar.

De querer ser feliz mesmo na saudade.

Poesia é o existir e o sobreviver no dia-a-dia:

na lida, no nosso gesto no trabalho,

no bater da roupa, no escolher de um legume,

no fechar um bom negócio, no vibrar de uma conquista.

Até o prazer que o dinheiro pode nos proporcionar

e aos que estão a nossa volta é Poesia.

Poesia é o pulsar da vida,

de como queremos fazê-la VIDA.

E estes meus modestos e parcos versos

São-me uma dádiva do Poeta Maior, Deus,

para homenagear a minha fiel companheira: a POESIA.

Graça e Léo-Caminheiro e Caminheira.





Fotografia:da direita para a esquerda:Em minha casa, no dia do "Chá de Casa" de Gabriel e Karina, nosso filhos, a poeta e artista plástica Graça Campos, o mano Léo no meio de nós duas...Mas qual dos Léos?Ambos poetas, atores, autores de vários livros,ex-jogadores de futebol e...gêmeos idênticos:Leosino e Leonildo, agora levando a peça "Assombrações"..
Espero que eu tenha acertado, qual dos dois escreveu Caminheira, em resposta a esse lindo poema da mana...
Caminheiro


Ei, Caminheiro,
És tu mesmo que
escutas minha voz...
Estou aqui a te ver passar
A registrar a vida desfilando em nós...
Quanto és seguro ao pisar...
Estás a me guiar?
Escuta, Caminheiro!
És tão calado assim?
Fala! Quero ouvir a tua voz,
Que, sabiamente, já ressoa tal qual o teu andar...
Por onde andaste, deixaste fortes e silenciosas marcas.
És misterioso, veloz,
Mas tamanha é tua calma!
Oh, sereno caminheiro,
Segue teu trajeto
Que eu, sorrateira, vou seguindo o rastro
Para, então, saber que nesse teu silêncio
Muito além de ouvir
Posso entender, mil palavras ler
E a esse encontro,
Vou chamar de PAZ!
Ei, Caminheiro!...,

Autora: Graça Campos
Belo Horizonte, 23/ 03 / 08
23:38h


Enviei "Caminheiro" para o poeta escritor mano Leo Araújo e eis sua resposta:


Caminheira04-01-2008 083



À querida mana
Graça Campos

Autor: Leo Araújo



Ei, Caminheira,
vejo neste instante
o próprio caminho
a me serenar;
Pois tuas estradas
estão dentro de ti.
Vejo em tuas mãos
as cores de tu'alma
pintando o caminhar.
Talvez em teu silêncio
se encontre aquela fala
do olhar misterioso
que não te definiu.
Ei, Caminheira,
tu és a mão que guia
aquele ser perdido
que nem vislumbrou
a intenção de ir
além do entendimento...
ao se embriagar
com tua poesia.

Léo Araújo
(26/03/2008)
Em resposta ao meu poema Caminheiro

Casal Donadon , unido na Vida, na Poesia, na Arte e na Educação.



Fonte da imagem:site Mhario Lincoln, de S.Luiz, maranhão, capital onde moramos ,temos numerosos e que muito amamos:terra de Gonçalves dias, chamada "Ilha do Amor", onde desenvolvemos o programa de atenção especial à saúde da criança, da mulher e do adolescente.


A Presidenta do Clube Brasileiro de Língua Portuguesa, Silvia Araújo Motta, enviou ,de Belo Horizonte a Mariana,ao casal de poetas , o talentoso J.B.Donadon e a encantadora esposa Andréia Donadon, a versão em espanhol do conhecido poema SE , de Kipling,para que o declamassem no sarau que hoje organiza.

Comovi-me quando Andréia contou-me que ambos ensaiaram até à madrugada, perfeccionistas que sei serem:nada do que fazem , é vão.
Também participará do momento o presidente do "Aldrava Letras e Artes", do qual faz parte a editora e o Jornal Aldrava, oferecido graciosamente, com padrão de excelência, de forma virtual e impresso em papel.
Com eles, virá o Poeta J.S.Ferreira , Diretor Financeiro da Governadoria em MG do InBrasCI (Istituto Brasileiro de Culturas Internacionais)..Todos pertencem à entidade, cuja Governadora é Andréia Donadon (a premiada artista plástica Deia Donadon).

os aldravustas, que são ligados à Educação, levam arte e poesia à escola.Seu projeto desenvolvido com alfabetizandos, de introduzir os haikais em atividades extra-curruculares, mereceu um honroso primeiro lugar do PROALFA.Em reconhecoiiemnto, também , ao ensejo do centenário da imigração japonesa para o Brasil, foram convidados a mostrar a metodologia e suas ações.

J.B.Donadon fez ,entãouma belíssima, clara mas profunda conferência sobre haikais na Escola.

A vida deles é um continuum de labor e beleza.

Um exemplo a ser seguido.




J.B.Donadon também canta e compõe.É Professor da UFOP e Doutor em

Eis o poema interpretado pelo casal de Poetas:

Si... ( Poesía de Rudyard Kipling.)




Si guardas en tu puesto la cabeza tranquila,

cuando todo a tu lado es cabeza perdida.

Si tienes en ti mismo una fe que te niegan,

y no desprecias nunca las dudas que ellos tengan.

Si esperas en tu puesto, sin fatiga en la espera ;

si engañado, no engañas, si no buscas más odio,

que el odio que te tengan...

Si eres bueno, y no finges ser mejor de lo que eres ;

si al hablar no exageras lo que sabes y quieres.



Si sueñas, y los sueños no te hacen su esclavo ;

si piensas y rechazas lo que piensas en vano.

Si tropiezas el Triunfo, si llega tu Derrota,

y a los dos impostores les tratas de igual forma.

Si logras que se sepa la verdad que has hablado,

a pesar del sofisma del Orbe encanallado.

Si vuelves al comienzo de la obra perdida,

aunque esta obra sea la de toda tu vida.



Si arriesgas en un golpe y lleno de alegría

tus ganancias de siempre a la suerte de un día ;

y pierdes y te lanzas de nuevo a la pelea,

sin decir nada a nadie de lo que es y lo que era.

Si logras que tus nervios y el corazón te asistan,

aun después de su fuga de tu cuerpo en fatiga,

y se agarren contigo cuando no quede nada

porque tú lo deseas y lo quieres y mandas.



Si hablas con el pueblo, y guardas tu virtud,

Si marchas junto a Reyes con tu paso y tu luz.

Si nadie que te hiera, llega a hacerte la herida.

Si todos te reclaman y ni uno te precisa

Si llenas el minuto inolvidable y cierto,

de sesenta segundos que te lleven al cielo...

Todo lo de esta tierra será de tu dominio,

y mucho más aún : serás Hombre, ¡hijo mío !

______




Rudyar Kipling (1865-1936) nació en India. En 1907 se convirtió en el primer inglés en ganar el premio noble de literatura. A pesar de su profundo humanismo, Kipling tuvo en su época una visión ingenua, tanto del imperialismo inglés, como del norteamericano. Esta traducción libre es de J. Miquelarena y está tomada de la obra de Jean Marie de Buck, “ Dios hablará esta noche…”



---***---





"II RECITAL ARTÍSTICO LITEROLIRICO INTERNACIONAL POESIA & PAZ".

Data: 26 de março de 2008.





Anfitriã:

Sílvia Araújo Motta





Promoção:

Clube Brasileiro da Língua Portuguesa

Apoio:

IWA-International Writers and Artists Association

Academia de Letras João Guimarães Rosa da PMMG




CONVITE ESPECIALÍSSIMO

"II RECITAL ARTÍSTICO LITEROLIRICO INTERNACIONAL POESIA & PAZ".

Data: 26 de março de 2008.
Abertura às 17 horas.


Primeira parte:

Seresta Mineira

Segunda Parte:

18:00h PONTUALMENTE,

HINO NACIONAL BRASILEIRO CANTADO POR TODOS.

HINO NACIONAL BRASILEIRO CANTADO EM LATIM,

PELO CORONEL JOÃO BOSCO DE CASTRO.

HINO NACIONAL DA FRANÇA e outros...



Palavras do Mestre, Doutor e Livre-Docente em Ciências Militares da Polícia Ostensiva Coronel João Bosco de Castro.



HINO NACIONAL DOS ESTADOS UNIDOS, pela representação da PAZ, em nosso evento.(Ohio/USA).

HINO DO JAPÃO, com centenária imigração no Brasil)



Palavras da ANFITRIÃ SILVIA ARAÚJO MOTTA

PRESIDENTA DO CLUBE BRASILEIRO DA LÍNGUA PORTUGUESA

E CÔNSUL Z-NO DOS POETAS DEL MUNDO-EM BH/MG/BRASIL.



PALAVRAS DA PRESIDENTA DA IWA(INTERNATIONAL WRITERS AND ARTISTS ASSOCIATION),TERESINKA PEREIRA/OHIO/USA, Senadora do Parlamento, Embaixadora da Paz, Doutora HONORIS CAUSA EM VÁRIAS UNIVERSIDADES INTERNACIONAIS.



Apresentação Artística Literolírica Internacional

POESIA & PAZ

TERCEIRA PARTE:

WILMAR BRAGA E SUA BANDA INTERNACIONAL.

Show sem fins lucrativos.

sábado, 22 de março de 2008

Poetisas,Sacerdotisas do verbo :Andreia Donadon e Clevane Pessoa)








Ilustrações:
Andreia Donadon Leal



25/08/2007 18h25
Anjos, poetas e crianças...


Na foto, o sorriso de Andréia Donadon.


Quando estive em Mariana, foi uma delícia manter contato com as crianças que estavam na I Exposição Aldravista Internacional de Arte, na Casa onde morou o simbolista extraodinário Alphonsus de Guimaraens, hoje onde funciona o Museu que leva seu nome.
As crianças, pré-adolescentes e adolescentes que ali estavam , interpretaram poemas dos aldravistas da cidade primaz de Minas.
Conheci ainda a professora Sãozinha,feliz com o resultados obtidos.

Ontem , recebi da artista plástica Deia Leal (pseudônimo de Andreia Donadon , a poeta Cônsul de Poetas del Mundo naquela cidade ), um pedido angelical:

""Ola Cle,

Tudo bem??? A professora Sãozinha fará em Setembro, exposição de textos (poema) na escola particular onde leciona. Farão trabalho sobre ANJOS. A equipe pedagógica solicitou meus anjos negros p/ o evento. Gostariam também de declamar poemas sobre ANJOS. Eu tenho três, Donadon 2, Gabriel um e Sebastião um. Gostaríamos muito de ter 02 poemas seus ou 3 se possível que fala sobre ANJOS.
Como os meninos da escola Dom Viçoso conhecem você, seria interessante os mesmos recitarem. Só que tem que ser com certa urgência.
Podemos contar com sua colaboração?

Abraços saudosos,
Andreia Donadon Leal"

Bem , a conexão com a Internet, estava sem estabilidade , na área onde resido, aqui em Belo Horizonte, então, eu lhe disse que enviaria hoje.
Fui nos arquivos do Recanto das Letras ("ESCRIVANINHA") e retirei dois poemas:"Discurso para anjos Esfarrapados" e "Muito Tarde".Possuo vários versos que mencionam as criaturas angelicais, mas muitos, não adeqüados à faixa etária dos alunos.

Possuo uma série à qual chamei de Haikanjos, alguns em antologias e mandei para o evento em setembro.Sei que vai ficar uma beleza,penso mesmo em, se pouder, aparecer para assistir.

Então enviei o que pude :
clevane pessoa de araújo lopes escreveu:
-

Andreia, atendo a seu ´pedido e para mim, é uma honra e uma alegria participar das atividades escolares da infãncia e da adolescência de Mariana, a cidade primaz de Minas.Até hoje , "vejo" e ouço as jovens vozes a declamar poesias aldravistas e a cercar-me, em busca de autógrafos (adorei estar aí, na Casa Alphonsus de Guimaraens).
Desculpe-me não haver enviado ontem mesmo, mas a área onde resido está com prloblemas na conexão com a Internet).


Seguem algumas já publicadas, mas vou fazer outras, menores, e enviar a seguir.
Vou fazer algumas especiais para a criançada da Sãozinha.
Abraços cordiais;>)
Clevane

N:Posso postar no blog as suas, enviadas há pouco?

Indagações essenciais

Clevane Pessoa de Araújo Lopes


Meu branco anjo negro,
você veio da aurora cor de sangue
ou da chuva incolor?
Meu negro anjo branco,
você sabia que todo sangue é vermelho,
que a alma não tem cor?...


haikai

asas a dançar
sobre a neve branca e leve,
anjos transparentes...
Clevane pessoa (da série, haikanjos)




Discurso para Anjos Esfarrapados

1:DISCURSO SOBRE ANJOS ESFARRAPADOS

(clevane pessoa de araújo lopes)

Se o anjo sujo de asas transparentes, invisíveis exceto
pelas omoplatas salientes , as costelas que apontam
e os ombros pontudos, pede uma esmola
ou vende algo no sinal de trânsito,
veja seus olhos afundados em olheiras!
Não baixe os olhos,
não finja que nada vê:
é uma criança, apenas,
esfarrapada e triste,
ave sem penas, de quem nossa pena
deveria acordar os donos do poder,
o DONO DO PODER,,,
Se há remelas, mau cheiro, palavras inoportunas,
pense na idade, nas condições
que marcam essa pessoazinha,
estranha e assustada,
num momento em que a maravilhosa infância
lhes é sonegada, a alegria de viver,
roubada,interroompida, sustada
a inocência para sempre maculada...
Os que vendem aqueles artigos baratos
colocando-os no retrovisor do carro,
onde estamos sossegados ou não
ou estendendo-os insistentemente
quantas vezes apanham duramente,
são seviciados, humilhados,
se não lograrem alcançar a cota
estipulada...
Escuros debaixo do sol!Suados,cansados!
Compre ou dê alguma coisa:
se você faz sua parte,
que importa o resto?
Se seus filhos estão protegidos no lar
ou na escola,se estão no colo dos avós,
aconchegados à mãe, aninhados contra o pai,
lembre
que a esses anjos sujinhos muitas vezes sequer
a palavra aconchego foi anexada
ao vocabulário hostil e seco
do deserto da miséria...
Veja:não se trata de pobreza digna,
de filhos ajudando com certa alegria e ânimos
pais necessitados,desempregados:
às vezes, a paternidade é falsa,
as crianças estão ali alugadas
(sabia que há anjos vendidos para a luxúria,
para a esperteza,
para os aproveitadores de sua condição precária?)
ou às vezes seus pais perderam
a noção de dignidade
(talvez também já tenham sido meninos de rua
institucionalizados,abandonados)...

Ah, faça a sua parte,a /PENAS.
Qualquer dia , um deles é atropelado ou assassinado
e aquelas asas que você não viu
se estenderão
para os vôos da liberdade...
Se isso acontece, é para comemorar.
Se você ajudou,enquanto eram prisioneiros
de grades que ninguém via,
amordaçados com panos imundos
e transparentes, algemados
por decretos não ouvidos,
saiba que agora é para ter alegria,
pois estarão livres dessa
barbárie:mesmo que você lamente
a negação da vida
aos meninos-anjos,
AGORA É QUE VIVEM...

N:Mas...e os que assaltam
nos sinais e ruas escuras,
os que cortam usando cacos de vidro
quando não têm estiletes ou giletes,
os que são ou trabalham para marginais?...
Amigo, essa é outra história,
que o bardo de coração arranhado e sangrante, falará depois...

Clevane Pessoa de Araújo Lopes

Publicado originalmente no site "Boneca de trapo (de Cath Roos) e depois também Recanto das Letras em 09/04/2007,além de outros sites e blogs.
Código do texto: T443410

2:Muito Tarde:
____________________________________________________________________

Muito tarde
Clevane Pessoa de Araújo Lopes



Como responder ao olhar faminto
do anjo sujo
que pede esmolas tão naturalmente ,
à menos-valia habituado?
Como não pensar no olhar de animal ferido
quando escorraçado,
qual se fosse cão sarnento,
portador de vírus letal?
Como conseguir dormir
depois de ver o anjinho esfarrapado
apanhar de algum adulto
que o escraviza ou ser torturado
por um menino maior
somente por não ter logrado
conseguir a esmola da pessoa
que nem o olhou ,ao ter passado?


Como não adivinhar as asas transparentes
nas omoplatas aparentes
das carnes magras e sujas?...

Às vezes, só depois de ter negado
uma ajuda necessária,
por medo, por negar-se a colaborar
com os aliciadores de menores
ou com pais desnaturados,
é que se pode compreender
que o Amor não foi exercitado,
pois devemos amar, 'apesar de' e não 'porque!'
A lágrima às vezes teima em molhar
o travesseiro de quem dorme
em lençóis de linho ou seda...
O olhar da criança nos persegue
o sono e um grito sem tamanho,
sufocado na garganta,
irrompe o espaço da madrugada...
Mas então, pode ser tarde:
o pequenino já foi surrado, seviciado ou maltratado
ou talvez tenha mesmo virado
um anjo de verdade
ao ser atropelado, assassinado...
E você não fez nada.
Nem eles...
Eu também não...

Poema hospedado no site www.bonecadetrapo.com.br.pela Poetisa Catherine Roos e publicado na Antologia Sonata Poética,Anomelivros, BH-MG em abril/2005
.
clevane pessoa de araújo lopes
Publicado originalmente no Recanto das Letras em 17/05/2005
Código do texto: T17577
____________________________________________________________



E, da Andréia , recebi, além de seu significativo poemas sobre anjos, os demais, que não posso deixar de publicar (com a devida licença da autora):

POESIAS: Andreia Donadon Leal





ANJOS


Anjos caem do céu
:
negros
brancos
pardos
amarelos
e
anunciam
:
no céu
na terra,
todos filhos de Deus!

Não sou Lagartixa
Disseram que sou esquisita,
isto sei desde menina...
De tão esquisita
não pareço
nem uma lagartixa.
Sou tão esquisita
que
lagartixa
é
mais bonita.
Talvez quiseram dizer
que sou feia
sem graça
sem jeito
e
esquisita.
Sou esquisita mesmo
e
não pareço lagartixa.

___________________________________________

Viver Eternamente


Se falasse a língua de deus
minha alma não se perderia
no lixo cósmico.
Quisera viver inutilmente
mais
e
mais
e
mais,
ainda exausto de viver.
Esta exaustão infinita
escrava
perpétua
viciada
:
viver
e
rastejar
meu corpo gelatinoso
pelas calles pedregosas,
mais
e
mais
ainda mais....
Meu corpo se decompondo,
esta decomposição lasciva
de pele desbotada
frisada de pregas
e
flácida idade.
Meu clamor será ironizado
esquartejado
:
viver mais
e
mais
e
ainda mais
e
ainda muito mais...
______________________________

Flor de Laranjeira



Não recolho
mato
erva
e
capim
no fundo do quintal.
Destroçaram
verde
cor-de-rosa
violeta
e
minha flor de laranjeira.
Meus olhos tristes
miram
as folhas secas
do mato
da erva
e
da flor de laranjeira.
Verde desbotou
cor-de-rosa desapareceu,
restou
:
sépia misturado
com vermelho ocre.
Só no fundo do quintal
um galhinho tímido
de flor de laranjeira
camuflado.

_______________________
O Fogo da Vaidade



Mortais!
Danados mortais.
Que rei sou eu?!
Impetuoso,
acumulado de ira intelectual
desacordado de realidade,
carne e bife tirado da unha
do cotovelo destroçado.
Que rei sou eu?!
Enviesado nas minhas ocres palavras
em meu castelo de paredes mofadas
enclausurado em versos fora de moda.
Que fogo intenso
feito brasa chapada
não queima,
dói
e
corrói lentamente
minhas entranhas
e ossos comidos de osteoporose
pelo calor da idade?
Minha clausura não me basta,
os out-doors da cidade
picham caras de santo;
não santos esculpidos
pelas mãos de Aleijadinho,
não santos pintados
nas naves das igrejas
pelas mãos de Athaíde.
Eu, na minha clausura
escondo meus defeitos
muerto e apagado
feito fumaça que levanta vôo
na brasa que queima
minha alma!
Que rei sou eu
que evapora junto
com as cinzas da morte?!

_________________________________
Portal do Céu



Voei sob a imensidão nebulosa do céu
em corredor veloz da pista curva.
Insegura garupa impossível da moto-avião
faz piloto em grand prix
ladeando a Serra do Caraça.
Parecia carregar-me para cantar com anjos
acordes finos em disco voador de ouro,
Jesus Cristo a reger nosso dueto
e o mundo inteiro de platéia.
Desci, enfim, em nave de cristal:
atordoada na cabine já despressurizada,
a deslizar na estrada apagada pela bruma...
Segui a velocidade do vento,
ao lado passam velozes rejeitos e quaresmeiras
no alto um sol teimando vencer a bruma.
De repente à minha frente
surge piloto veloz em competição:
sem retrovisor tomba o olhar para trás,
zune em ziguezague desafiador,
acelera à frente e torna a tombar o olhar,
à frente acelera rompendo a bruma
e a moto-avião some nas nuvens brancas
em adeus ao mundo daqui.
Minha nave pára rente ao paredão de pedra.
O piloto batedor ressurge e sorri...
Reconheço o portal do céu.

Zumbidos


Tela “La Cabalgata de los Zombies” de Antonio Gualda
http://gualda.galeon.com/id134.htm

Não há luz
na calada noite preta,
vozes não há...
Há sombras vagando
(câmera lenta)
s o l t a s
d e s p r e n d i d a s
insanas.
Zumbidos
zombam ouvidos,
mais fortes
ecoam
zumbidos zombando de mim.
http://www.jornalaldrava.com.br/pag_poesia_andreia.htm

Aproveitem e conheçam,no lindo site do Jornal Aldrava , mais de Andreia,muito mais em Letras e Artes no endereço acima)
Clevane




:

Publicado por clevane pessoa de araújo lopes em 25/08/2007 às 18h

segunda-feira, 17 de março de 2008

A Poesia Feminina Pede Passagem-Antologia Mulheres Emergentes




Imagens:Capa do livro

A Poesia feminina pede passagem


A Poesia Feminina tem um quê diferenciador que a torna sempre diferente da poemática masculina, mas, ao mesmo tempo, prova que as mulheres são capazes de falar de forma especial sobre as coisas deste velho Mundo mas também as da alma, as do cotidiano.São multifacetadas e têm um olhar agregador.
O escritor e poeta mineiro de Divinópolis, Lázaro Barreto, sempre escreve que "o erotismo feminino tem características muito próprias".É mais sutil e menos pesado.Fica evidente que sabemos o peso exato da tênue linha entre o que é erótico e o pornográfico.Poucas ousam atravessar essa fronteira, embora haja mulheres, quais Leila Miccolis e Maria Limeira (doce "jornalista paraibana"), que tenham a ousadia deliciosa de abrir por inteiro o gineceu de sua floração poética.
Desde Safo - banida para a Ilha de Lesbos - até aos dias hodiernos,sem esquecer Gilka Machado, Pagu e outras igualmente fortes e belas,fica evidente que esse erotismo é antigo, mas se antes fôra tolhido, camuflado, amordaçado, hoje expande-se qual flor aberta ao calor do sol que se entreabriu na madrugada aos carinho do orvalho, o Verbo.

Tãnia Diniz,a organizadora, de há muito escreve haikais fortes e temperados.Líria Porto surpreendeu há muitos com os poemas de seu blog.Não foi à toa que coloquei um de seus poemas picantes em meu blog "Erotíssima",que agrega a verve feminina mas também a masculina e meu próprio gosto pela sutileza dos versos eróticos.Aliás, visitem-no:
(http://www.erotissima.blogspot.com.br)
Bem , a poesia feminina pede passagem.
Andréia Donadon transcende a sensualidade com as cores de sua alma que também habita Deia Leal, a artista plástica que é,Regina Mello é detalhista e delicada ao expressar o sensual .Neuza Ladeira é rasgante e assume a feminilidade,qual em seu "Quarto Dormir, Quarto de Pensar",selo Urbana/RJ, no prelo, prestes ser parido, ou
perola-se, em "Opúsculos" , seu livro de estréia(selo anomelivros), além de ser
fantasticamente incisiva em "Os Comedores de Sonho", em fase final de editoração, e que tive a responsabilidade de prefaciar.
Iara Alves , que conhecemos já de D'Versos , faz das vivências femininas um grito libertário.A jovem Karina Campos Araújo, filha e sobrinha de poetas, assume para si, em TOTEM , o tracejar dos traços femininos.

Ainda não tive o livro nas mãos, mas estou ansiosa para conecer as demais poetisas (gosto desse feminino , mais que de poeta.Conforme digo num poema, "poetisa rima com sacerdotisa".Do verbo.



Abaixo repasso a página do Jornal Aldrava, a respeito do lançamento da antologia Mulheres Emergentes, organizado pela editora e haikaista Tânia Diniz.
Sinto-me nela, em muito boa companhia, conforme citei acima:além da Governadora do inBrasci em MG,Andréia Donadon (que em abril será empossada na Academia de Letras do Rio de Janeiro), também a jornalista Brenda Marques Pena(Presidente do Imersao Latina e baterista da Banda Caution), a aquarelista Neuza Ladeira,Regina Mello(Diretora do MUNAP e coordenadora do Galeria da Árvore),todas Poetas del Mundo e Cônsules,Iara Alves,Conceição Parreiras Abritta (da Academia Municipalista Feminina de Letras em BH e Presidenta da UBT/BH), Edinéia Alves (Betim), de quem tive o prazer de prefaciar seu "Beijo de Lua",Karina Araújo Campos, minha linda norinha ,Administradora do "Semear Saúde" e estudante de Psicologia na FUMEC,Líria Porto (que comigo também está no D'Versos, antologia em prol do "Alô Vida", conhecida pelo erotismo de seus versos e pela linguagem sugestiva e sintética),Stella Machado(de Juiz de Fora, autora de "Galeria",selo ME)e as outras mulheres talentosas, em breve, as lerei.E poderei dizer algo mais a respeito.
Confira as autoras no rol abaixo!

O pré -lançamento será no Letras e Ponto, na Savassi, dia 24/03 às 19 horas 9veja o convite).O espaço foi cedido pela poeta Dagmar Braga, também integrante da antologia.

Um lançamento , a meu convite,será no restaurante D.Preta, no Ipiranga, em data a ser marcada.Nessa ocasião, Brenda Marques e eu estaremos conjuntamente, lançando também a antologia "Mulheres no Banquete de Eros", selo aBrace,Movimento Cultural Brasil-Uruguai,que represento em MG.Também o lançaremos em maio, em Natal, RN, onde acontecerá o Congresso Internacional de Poetas del Mundo e Brenda os levará ao Chile .Mas antes, dia 27, estará no Sarau do Centro de Cultura da Lagoa do Nado (Fundação Municipal de Cultura),em performance com poemas do "Mulheres no Banquete de Eros. este já foi lançado previamente na grande Feira Internacional de Livro em La Habana, (Havana), Cuba, neste mês, pelos poetas e editores Roberto Bianchi(UY) e Nina Reis (Brasília,DF, Br).

Tânia Diniz também informa que
haverá outro momento no Terças Poéticas, sob a curadoria do Poeta Wilmar Silva.

Nossa querida amiga Leila Miccolis , poeta e atriz, divulgadora cultural (leia-se Blocos Online) e a Profa.Constância Lima Duarte, da UFMG, tecem abaixo seus valiosos comentários a respeito da antologia confiram.

Clevane Pessoa de Araújo Lopes

Poeta Honoris Causa pelo CBLP e Diretora regional do InBrasCi em Belo Horizonte.
- Mostrar texto das mensagens anteriores -


As autoras:
ana carol / auxiliadora de carvalho lago / andreia donadon leal - mariana, mg / beatriz amaral -sp / brenda mars - brasília, df / clevane pessoa de araújo / conceição parreiras abritta / dagmar braga / débora novaes de castro - sp / djanira pio-sp / daris araújo - m claros-mg / edinéia alves/ eliane accioly fonseca - sp / elizabeth gontijo / elza ramos amaral - sp / france gripp / graça graúna-recife-pe / graça rios / iara alves / ivete walty / karina araújo campos / leticia naveira - sp / liria porto / lívia tucci / lúcia daniel-paris-frança / lúcia serra / maria lourdes hortas-recife - pe / marina silva / micheline lage- timóteo-mg / mônica anspach - sp / nazareth fonseca / neuza ladeira / raquel naveira - sp / regina mello / silvana pagano / silvia anspach-sp / simone neves / stella machado-juiz de fora-mg / tânia diniz / tânia pagano / vera casa nova

Comentários de Leila Miccolis,Constância Lima Duarte e Tânia Diniz.

"Mulheres Emergentes não nasceu hoje. Acompanho o trabalho do ME desde o início, e talvez seja por esse elo de ligação que eu tenha sido convidada a escrever sobre ele, e que eu esteja aqui-e-agora me desempenhando de tão agradável tarefa.
Impossível, porém, enfocar o meticuloso trabalho do ME, sem primeiramente falar de quem o criou com toda dedicação, garra, coragem, resistência e amor à literatura: sua mentora e editora Tânia Diniz. Escritora sensível, Tânia muitas vezes deixou de lado a própria carreira, para levar adiante seu projeto ideológico de abertura de espaços, o que conseguiu não só através dos autores que publicou, como também pelo formato escolhido da publicação inicial – cartaz –, que possibilitou uma maior penetração em exposições, lugares públicos (praças, teatros, colégios), e, emoldurado como painel ou quadro, também em escritórios e salas-de-estar. Leia-se: em paredes nunca d'antes navegadas pela poesia.
Logo após, acompanhando seu tempo histórico (1989), Mulheres Emergentes, em época de abertura política, ampliou horizontes do mercado cultural, mantendo-se fiel aos seus alicerces, sem cair na tentação de desviar-se para construções mais fáceis: até hoje, mesmo com parcos recursos de patrocínios, e com todos os obstáculos encontrados pela frente, mantém sua integridade, retidão, e rota firme, tendo reconhecimento inclusive fora do país, através de suas quatro antologias internacionais.
Posso dizer, sem receio de errar pelo excesso, que Mulheres Emergentes alcançou um feito nacional raro: obter sucesso, sem descaracterizar sua feição originária e original. Entretanto, o que me sensibiliza e me toca ainda mais profundamente, é o ME orgulhar-se de ser uma Editora Alternativa (exibindo tal característica em seu nome), em meio à quase totalidade de editoras de médio porte, que, exclusivamente comerciais, valorizam muito mais o lucro do que a literatura que veiculam. "Alternativas", para quem as vivencia conscientemente, significa solidariedade, raça, interatividade, criatividade e uma postura diferente da usual, de "querer levar vantagem sempre, em tudo".
Por tantas e todas essas diferenças, Mulheres Emergentes se distingue, se sobressai no panorama cultural do país nesses dezoito anos de atividades, oferecendo a doçura de seus belos frutos e o abrigo de sua frondosa copa à Árvore do Saber.
Leila Míccolis
Escritora de livros, tv, teatro e cinema, e co-editora de Blocos Online.
***
"Mulheres Emergentes chega à maioridade
Desde quando surgiu, no finzinho da década de 80, Mulheres Emergentes foi um sucesso. A novidade de seu formato tipo cartaz contribuiu para destacá-lo das demais produções e lhe dar um destino diferente após a leitura: ao invés de guardado em estantes, era exposto e cumpria, assim, seu destino de 'mural de poesia'. E tornou-se comum encontrá-lo em vitrines de livrarias, emoldurado nas residências, fixado em paredes de bibliotecas e faculdades. Como predominavam poemas que falavam abertamente de amores feitos de carne e paixão, logo ganhou o apropriado subtítulo de "o sensual em cartaz". Nos anos 80, não custa lembrar, as idéias feministas estavam em pleno vigor, e reafirmavam que as mulheres deviam viver plenamente suas vidas e sua feminilidade. Além das muitas vozes femininas, inúmeros homens sensíveis aos novos desejos, e ávidos por um novo espaço, também acudiram ao chamado.Mas Mulheres Emergentes era muito mais que apenas um mural de poesia. Era, na verdade, um projeto de vida de sua idealizadora – Tânia Diniz, a mineira de Dores do Indaiá, que desde então tem seu nome inscrito em nossos corações e em nossa história cultural. A luta empreendida para viabilizar cada edição, a busca incessante de apoio junto aos poderes públicos e privados, e o apelo, carinhoso e firme, para que mais e novas autoras e autores partilhassem de sua busca da Poesia, é sem dúvida louvável. Tânia criou um espaço mágico que aglutinava poetas, independente de serem conhecidos ou principiantes da arte literária, e que a cada edição ampliava seu círculo, alcançando mais e mais pessoas, novos países, e uma repercussão inusitada. Outros produtos surgiram na esteira do mural – como a editora, os concursos internacionais, os calendários, prêmios, antologias, coleções –, sempre com a competente marca Tânia Diniz.
O título – ME – foi tomado de empréstimo ao livro de uma conhecida psicoterapeuta americana de enorme sucesso na década de oitenta. Natalie Rogers acreditava no poder da manifestação artística como parte do processo terapêutico, e sua obra promovia o auto-conhecimento através da liberação criativa e emocional. E foi bem isso que Tânia Diniz realizou através das edições do ME. Ao estampar – em alto e bom som – tantas promessas literárias, tantas confissões da intimidade, o Mulheres Emergentes consolidou a auto-estima de jovens poetas, e liberou, pela verbalização, muito da sensualidade feminina. Para Tânia, a poesia se encontra em todo lugar e em todas as pessoas, não importa se professor, estudante, jornalista, advogado, dona-de-casa, enfermeiro ou médico; muito menos a opção sexual ou a cor da pele. Só importa o poético, a busca da Arte, o encontro com o Belo.
Para comemorar os 18 anos de seu projeto, a editora nos brinda agora com esta antologia que reúne uma representativa amostra de poetas e contistas garimpados ao longo dos anos, cuja ênfase continua sendo o feminino, a palavra bem lavrada, o delicado traço das ilustrações. Nós, seus leitores e leitoras, agradecemos.
Constância Lima Duarte – Profa. UFMG"
***
"Alegria e orgulho foram as palavras que alimentaram, e alimentam, minha paixão pela Arte e a Poesia nesse tempo todo em que me dediquei integralmente a elas. Desde o momento em essa paixão superou a timidez que a oprimia, pude perceber melhor que minha vida sempre se confundiu com a poesia, e deixei-me levar por ela. E tal foi a entrega que, imediatamente, comecei a criar de todas as maneiras e com o grande objetivo de atingir o público, de atrair novos olhares, de criar vieses que mais seduzissem, de conquistar novos adeptos. Publiquei poemas, contos, livros pessoais e de outros autores, criei o mural poético Mulheres Emergentes (1989) e sua conseqüente editora, superei todos os obstáculos inerentes – e continuo superando – e obtive sucesso, vitórias maravilhosas, até as inesperadas. E com tudo isso, veio-me o desejo de festejar, e organizei Concursos Internacionais e inúmeros outros eventos, inclusive algumas Coleções de poetas. E agora, essa Antologia ME 18, com a bela capa da mineira artista plástica Selma Weissmann. Assim, o objetivo da Antologia é agradecer e comemorar. Inclusive a vida, já que venho de uma grande vitória na luta pela saúde. E o apoio de todOs os autores (sim, porque os homens são grandes incentivadores e também participantes do mural ME), colaboradores sem os quais meu trabalho não teria sentido, e fazer dela uma pequena mostra dos objetivos que sempre nortearam minha paixão: publicar poetas conhecidos, contemporâneos ou não, descobrir poetas novos, os inéditos, os tímidos ainda na gaveta, ilustradores, enfim, todos os artistas que me permitem esse " garimpo" e seguem comigo as trilhas que buscam o público.Para maior felicidade, essa Antologia ME 18 traz um fato inédito: três filhas se juntam 'as suas mães poetas no ofício da escrita! São Raquel Naveira e sua Letícia, Elza R. Amaral e sua Beatriz, e eu mesma, Tânia Diniz, e minha amada Ana Carol, a primogênita, que começa a se aventurar nos minicontos. Outra coisa, é o fato de mostrar a diversidade do ME e assim teremos poemas, pequenos contos e ilustrações.E uma amostra mínima , do mapa nacional e internacional, de onde circula nossa poesia ME!
Então, maioridade conquistada, um brinde 'a longa estrada que se descortina!
a editora"

Fontes dos comentários e da lista de autoras:Jornal Aldrava,Tânia diniz.

Pré-lançamento ANTOLOGIA ME 18

DATA: 24 DE MARÇO DE 2008, em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil

HORÁRIO: 19h