quarta-feira, 26 de março de 2008

LANCAMENTO DA REVISTA GLOBAL/Brasil Número 10


Essa revista ,vale a pena ler! Gostei muito da que me foi enviada.O conteúdo busca fazer emergir o "de profundis" dos assuntos abordados.Agora, atinge a décima edição.
Que continue a fazer sucesso e que seja ainda mais conhecida...
Clevane



LANCAMENTO DA REVISTA GLOBAL/Brasil Número 10

Quinta-feira 27 de Marco de 2008 a partir das 19 horas
Livraria Odeon
Praça Floriano, 7 - Cinelândia - Mezanino do Cinema Odeon-Petrobras Cinelândia - Rio de Janeiro

Performances de Ronald Duarte
e

NOLEX SAMPLE WAY OF LIFE
com Romano e Rappers Malone, Funk, K2 e os Neguim Q ñ c Calam. Presença dos bboys Pluto e Will

(Outras performances a confirmar)




Este Projeto é apoiado pelo
Programa Cultura e Pensamento 2007
www.cultura.gov.br/culturaepensamento
Patrocínio
Petrobras, Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura
Realização
Fapex
Co-realização
TVE-Bahia, SESC-SP, RNP-Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, Ministério da Educação



Trânsitos
Desenho de Inês de Araújo
Debate "Mestiçagem e Racismo":
Alexandre do Nascimento / Caia Fittipaldi / Giuseppe Cocco / Leonora Corsini / Rodrigo Guéron / Raul Longo / Raul Vinhas
Morada das almas: uma viagem ao Meruri Eduardo Ferreira

Conexões
Debate "Biopolítica e Biopoder":
Antonio Martins / Barbara Szaniecki / Caia Fittipaldi / Fernando Santoro / Giuseppe Cocco / Leonora Corsini / Rodrigo Guéron
Ensaio fotográfico de Pedro Stephan
Performance de Suely Farhi e Aimberê Cesar
Mais do mesmo preconceito Sofia Zanforlin

Caderno Brasil do Le Monde Diplomatique
Sociedade em rede Dalton Martins e Hernani Dimantas

Universidade Nômade
Diálogo de falantes e mudos na mídia brasileira Fábio Goveia
Quem controla a internet em Vitória Fábio Malini
Debate "Enxame":
Barbara Szaniecki / Caia Fittipaldi / Fernando Santoro / Giuseppe Cocco / Maurício Siqueira / Rodrigo Nunes

Maquinações
A Cidade dos Catadores de Papel Rodolfo Fonseca
Ensaio fotográfico de Paulo Innocêncio

TransEditoriando...

Chegamos ao número 10!
Nascida a caminho do Fórum Social Mundial de 2003, a revista GLOBAL/Brasil se transforma,
privilegiando os debates entre os vários participantes da lista Universidade Nômade, em relação aos artigos autorais.
Também abre um maior espaço para expressões estéticas diversificadas.
Desenhos, fotos e performances se agenciam com os debates, produzindo uma fala-monstro que exalta a criação coletiva,
em detrimento da assinatura individualizada de autores ou artistas.

Produzir uma revista implica organizar um corpo de textos e imagens não
apenas em diálogo, mas em devir - o que aparenta corpo revela-se como infinidade de moléculas sígnicas em movimento em direção a outras. Imagem torna-se texto, texto torna-se imagem.
Nesta transformação sempre inacabada, dribla-se a tentação de hierarquizar as representações, tentação à qual o design ceder ou se opor.
Assim nos vamos aproximando de um desenho expressivo - conjunção íntima de formas e conteúdos.

Produzir uma revista significa sobretudo ativar uma multiplicidade de colaboradores para esta produção textual e iconográfica,
assim como para disseminá-la pelos territórios reais e virtuais.
Todavia, se sobram cérebros para produzir, faltam braços para distribuir.
Para muitos, a distribuição de uma revista ainda equivale a mera reprodução.
Nos deparamos com os velhos sintomas de hierarquizações entre trabalho imaterial e trabalho material.
Se ainda sobram mentes mas ainda faltam membros, quando, numa economia do conhecimento,
teremos a produção, afinal, estreitamente ligada à circulação do que seja produzido?

Percebemos aqui que produzir uma revista é ação política!
Ora, em cultura de redes, a questão da "organização" é questão sensível.
É verdade que mesmo em organização que se queira radicalmente democrática
e trabalhe para a radicalização da democracia, o fantasma de alguma hierarquização dos corpos, físicos ou semióticos, persiste.
Pensemos então em praticar outros conceitos e conceituar outras práticas.
Surge o enxame, figura altamente desmaterializada que converge, dispersa e recombina para um novo impulso.
Vislumbramos a produção e a distribuição da revista como um acontecimento instantâneo e imprevisível,
ou como um microconstrutivismo persistente e resistente?
É preciso continuar a experimentação, verificar continuamente se os novos conceitos correspondem efetivamente às realidades vivenciadas.
Mais do que analisar, provocar o enxameamento. E praticá-lo na maior horizontalidade possível.
Se, nesta prática, verificar-se que algumas estruturas sejam necessárias, que sejam flexíveis e temporárias.
Que durem o tempo de sua intensidade.

Dentro de um contexto global de transformações do capitalismo - que aqui chamamos de capitalismo cognitivo -,
e de um contexto local de um governo eleito democraticamente e de políticas públicas democratizantes
que o atualizam continuamente, como os Pontos de Cultura, a circulação é produção!
Distribuição em pontos de cultura, distribuição através de um portal de revistas alternativas e companheiras,
distribuição através do Ministério da Cultura ou de outras entidades, distribuição através de site próprio ou de sites aliados
é resistência frente aos monopólios midiáticos e é criar outros mundos possíveis.
Cooperar é multiplicar nossa potência para além da concorrência mercadológica ou da centralização burocrática, numa expansão contínua,
de modo a concretizar os desejos dos muitos.

Para isto, a GLOBAL se transforma e se nomadiza.
Quer ser um corpo monstruoso, real e virtual, golem de barro e cyborg de chips, low e high tech
- corpo impuro, atravessado por múltiplos conflitos e desejos.
Como Luana, este corpo vai pra pista porque quer e assim, exibindo-se sem falsos pudores,
está a caminho do Fórum Social Mundial de 2009.

Nenhum comentário: